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Citroën Basalt Feel 1.0 Turbo: SUV compacto de R$ 100 mil entrega boa dirigibilidade e ótimo espaço

Citroen Basalt Feel Turbo

Modelo mais acessível da linha, o Basalt Feel aposta em um conjunto competente com motor 1.0 turbo, bom porta-malas, desempenho urbano convincente e economia de combustível, mas peca em ergonomia e equipamentos de conforto.

Com a missão de ampliar sua presença no competitivo mercado de SUVs compactos, a Citroën lançou recentemente o Basalt, um modelo que une elementos de cupê com soluções práticas de um utilitário urbano. Ainda que posicione o modelo como um SUV-cupê, na prática ele é um crossover com linhas arrojadas e pegada acessível. A versão Feel, analisada aqui, é a mais barata da linha e chega com preço sugerido na casa dos R$ 100 mil, apostando no bom custo-benefício para conquistar o consumidor brasileiro.

A proposta do Basalt Feel é clara: entregar um carro com estilo, bom espaço interno e conjunto mecânico eficiente, mas dentro de uma faixa de preço que ainda conversa com o público que está migrando dos hatches compactos ou sedãs de entrada para o mundo dos SUVs. Para isso, o modelo abre mão de refinamentos, mas entrega o essencial — e até um pouco mais — para o uso diário.

Ao longo deste review, vou detalhar tudo o que o Citroën Basalt Feel tem a oferecer: design, interior, comportamento dinâmico, consumo, equipamentos e, claro, avaliar se ele realmente vale o que custa.

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Design Externo do Citroën Basalt

Citroen Basalt Feel Turbo

O visual do Citroën Basalt é, sem dúvidas, um dos seus pontos de destaque. Mesmo na versão de entrada Feel, o modelo chama atenção pelo estilo arrojado, com linhas modernas que conversam com a nova identidade visual da marca francesa. A dianteira tem um design imponente, com a grade em preto fosco integrando os faróis, e uma fita vermelha na parte inferior do para-choque que dá um leve toque esportivo.

Frente do Citroen Basalt Feel Turbo

Faz falta a presença dos faróis de neblina, recurso ausente nesta versão de entrada. Mas os detalhes em preto brilhante, como nos retrovisores, compensam parte da simplicidade do conjunto frontal. As rodas de liga leve de 16 polegadas, com desenho bem acertado, reforçam o apelo jovem do modelo, que combina bem com o perfil urbano que a Citroën deseja comunicar.

Rodas do Citroen Basalt Feel Turbo

Na lateral, a linha de cintura elevada e o teto suavemente rebaixado na traseira sugerem o visual de um SUV-cupê. A coluna C ainda traz um detalhe em vermelho que complementa o acabamento frontal e ajuda a alongar visualmente o conjunto. Já na traseira, o destaque são as lanternas horizontais com efeito tridimensional, que chamam atenção inclusive pela visibilidade proporcionada ao condutor pelo retrovisor central.

Traseira do Citroen Basalt Feel Turbo

O porta-malas é outro ponto forte do Basalt: são 490 litros de capacidade, número que supera boa parte dos concorrentes diretos e garante espaço de sobra para bagagens, compras ou equipamentos para o lazer. A tampa possui boa abertura e altura adequada, facilitando o acesso.

Interior do Citroën Basalt

Abrindo as portas do Basalt Feel, o que se vê é um interior simples, mas funcional. Não há grandes refinamentos ou materiais nobres, o que já era esperado para um modelo de entrada. Porém, o que surpreende positivamente é o espaço interno: tanto na dianteira quanto na traseira, há bom vão para pernas e cabeças, mesmo para ocupantes mais altos.

Bancos dianteiros do Citroën Basalt Feel Turbo

No banco traseiro, mesmo com o banco do motorista ajustado para alguém com mais de 1,80 m, ainda sobra espaço para as pernas de quem vai atrás. A posição de dirigir é elevada e agradável, e os bancos, revestidos em tecido, entregam boa ergonomia e material de qualidade acima da média para o segmento.

Contudo, a ergonomia tem pontos negativos. Um exemplo é a posição dos comandos dos vidros traseiros, que não estão nas portas como seria o ideal. O botão foi posicionado no console central, exigindo que o passageiro traseiro se incline ou se contorça para conseguir acioná-lo. Para piorar, o mesmo comando controla os dois vidros, o que pode causar confusão e desconforto.

No painel, o acabamento é básico, mas o layout é limpo e funcional. O destaque vai para a central multimídia de 10 polegadas, compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. A interface é intuitiva e a qualidade da tela agrada. O painel de instrumentos é mais simples, com mostradores analógicos e um display digital central que cumpre bem sua função.

Multimídia do Citroën Basalt Shine 2025

O ar-condicionado é manual, mas de fácil operação, e o volante multifuncional tem empunhadura correta e comandos acessíveis, ainda que o visual seja básico. Os comandos laterais de travamento das portas e do modo Sport também sofrem com má posição, ficando escondidos da visão direta do motorista, o que exige atenção redobrada ao utilizá-los.

Test drive do Citroën Basalt

Rodando com o Citroën Basalt Feel pelas ruas e avenidas da cidade, fica evidente que ele foi pensado para o uso urbano. O motor 1.0 turbo de três cilindros entrega até 130 cavalos de potência e 20,6 kgfm de torque, números mais do que suficientes para movimentar os 1.200 kg do carro com agilidade e segurança. A resposta ao acelerador é imediata, e o comportamento do câmbio CVT surpreende positivamente.

Motor turbo do Citroën Basalt Shine 2025

Diferente de outros modelos com câmbio continuamente variável, o CVT do Basalt simula mudanças de marcha e evita aquele efeito “elástico” que incomoda tantos motoristas. A entrega de torque é bem distribuída, o que permite boas retomadas de velocidade e agilidade no trânsito urbano. É um conjunto bem acertado para quem precisa de um carro esperto para o dia a dia.

Na estrada, o comportamento se mantém positivo, com boa estabilidade nas curvas e rolagem da carroceria controlada. Isso se deve, principalmente, à calibração da suspensão, que é mais firme do que nas outras versões da linha C3. Essa firmeza ajuda na condução, mas sem comprometer o conforto.

Durante os testes com etanol no tanque, o consumo médio registrado foi de 7,3 km/l no ciclo urbano. Embora não seja um número excelente, está dentro do esperado para o porte e proposta do carro, especialmente considerando o desempenho entregue pelo motor.

O isolamento acústico é razoável, mas em altas rotações, o ruído do motor invade a cabine. O carro também peca na ausência de recursos que poderiam elevar o conforto em viagens, como o piloto automático, recurso que faz falta em trajetos mais longos e que já está presente em muitos modelos concorrentes até mais baratos.

A ausência de piloto automático obriga o motorista a manter atenção total ao pedal do acelerador durante toda a viagem, o que aumenta a fadiga em trajetos rodoviários. É um detalhe que poderia ser facilmente incluído, mesmo nas versões de entrada.

Itens de série do Citroën Basalt

Mesmo sendo a versão mais básica, o Basalt Feel traz um pacote de itens que atende às necessidades do dia a dia, com destaque para:

  • Central multimídia de 10” com espelhamento sem fio (Android Auto e Apple CarPlay)
  • Ar-condicionado manual
  • Direção elétrica progressiva
  • Vidros elétricos (comando central para os traseiros)
  • Volante multifuncional
  • Rodas de liga leve aro 16
  • Câmera de ré
  • Sensor de estacionamento traseiro
  • Luzes diurnas em LED
  • Banco traseiro rebatível

Ainda assim, há ausências importantes como piloto automático, ar-condicionado digital, painel 100% digital e faróis de neblina. Recursos que, apesar de não comprometerem o uso urbano, pesam na percepção de valor para quem está disposto a investir em um SUV moderno.

Vale a pena comprar o Citroën Basalt?

O Citroën Basalt Feel 1.0 Turbo chega ao mercado com uma missão ousada: ser uma alternativa mais acessível e moderna dentro do segmento de SUVs compactos. E, dentro daquilo que propõe, ele entrega uma experiência bastante coerente. Tem bom espaço interno, visual moderno, desempenho adequado e conjunto mecânico eficiente, que agrada tanto na cidade quanto em trajetos curtos de estrada.

Frente do Citroen Basalt Feel Turbo

Seu consumo não é dos mais baixos, mas está longe de ser um problema. O que pode afastar alguns compradores é a simplicidade do acabamento interno e a ausência de alguns equipamentos de conforto e segurança, especialmente se compararmos com concorrentes que oferecem mais por valores semelhantes.

Ainda assim, para quem busca um SUV com bom espaço, conectividade atualizada, comportamento dinâmico acima da média e não se importa com ausências pontuais de conforto, o Basalt Feel se apresenta como uma opção muito interessante na faixa dos R$ 100 mil. É um carro racional, com apelo visual forte e uma proposta clara.

Ficha técnica do Citroën Basalt Feel 1.0 Turbo

  • 0 a 100 km/h: Não divulgado oficialmente
  • Motor: 1.0 3 cilindros, turbo, flex
  • Potência: 130 cv com etanol / gasolina
  • Torque: 20,6 kgfm
  • Câmbio: CVT com simulação de marchas
  • Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)
  • Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás
  • Direção: Elétrica
  • Rodas: Liga leve aro 16
  • Comprimento: 4.300 mm (estimado)
  • Porta-malas: 490 litros
  • Tanque: 47 litros (estimado)
  • Peso: Aproximadamente 1.200 kg
  • Consumo urbano (etanol): 7,3 km/l (média observada)
  • Tração: Dianteira
  • Velocidade máxima: Não divulgada oficialmente

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