SUV médio da marca chinesa tem boa relação custo-benefício, mas exige atenção com consumo, revenda e pós-venda no Brasil
O mercado de SUVs usados no Brasil continua em crescimento, impulsionado por consumidores que buscam modelos mais completos, com bom espaço interno e preços acessíveis. Dentro desse cenário, o CAOA Chery Tiggo 7 aparece como uma alternativa competitiva. Mas será que comprar um Tiggo 7 usado é realmente um bom negócio?
Para responder a essa pergunta com profundidade, é preciso analisar mais do que o visual ou a ficha técnica. Neste conteúdo, vamos explorar a valorização do modelo no mercado de seminovos, o custo de manutenção, pontos fortes e fracos, além de dicas para quem pretende negociar o veículo com segurança. Acompanhe.
O que é o CAOA Chery Tiggo 7?
O Tiggo 7 é um SUV médio lançado no Brasil pela CAOA Chery, fruto da parceria entre o grupo brasileiro CAOA e a montadora chinesa Chery. O modelo chegou inicialmente em 2018 e já passou por reestilizações, sendo vendido em versões como Sport, TXS e a atual Pro, com diferentes níveis de acabamento e motorização.
Com porte semelhante ao Jeep Compass e ao Toyota Corolla Cross, o Tiggo 7 se destaca pelo pacote generoso de equipamentos e motorização turbo, além do design arrojado, inspirado em tendências europeias.
Desvalorização: o Tiggo 7 usado perde muito valor?
Ao contrário do estigma que muitos carros chineses enfrentaram no passado, o Tiggo 7 tem mostrado desempenho acima da média no quesito desvalorização. Segundo levantamento da InstaCarro, o modelo Sport 1.5 Turbo Flex com câmbio CVT teve uma valorização de 2,5% entre 2024 e 2025, contrariando a tendência do mercado de usados.
Esse dado revela um importante sinal de confiança do consumidor no modelo, impulsionado pela boa oferta de tecnologia embarcada e custo-benefício frente a rivais mais caros.
Ainda assim, a liquidez pode variar bastante conforme a região do país e a rede de pós-venda. Em cidades onde a CAOA Chery tem presença consolidada, a revenda tende a ser mais fácil. Já em regiões com menor suporte técnico, o veículo pode ter uma procura mais limitada.
Custo de manutenção: revisão e seguro valem a pena?
No quesito manutenção, o Tiggo 7 apresenta custos compatíveis com outros SUVs médios vendidos no Brasil. A média de preço das revisões até 60.000 km gira em torno de R$ 4.000, enquanto a cesta de peças básicas (filtros, velas, pastilhas, correias) de outros modelos da mesma categoria pode ultrapassar os R$ 10 mil em redes autorizadas.
O seguro é outro ponto que merece atenção. Apesar de não estar entre os mais caros da categoria, o valor médio anual fica na casa dos R$ 3.500, podendo variar conforme o perfil do condutor e localização.
Em termos de confiabilidade mecânica, o motor 1.5 turbo de 150 cv com injeção direta e câmbio CVT mostrou-se durável, com baixo índice de quebras relatadas. Entretanto, problemas pontuais com a central multimídia, barulhos internos e consumo elevado de etanol foram relatados por alguns donos em plataformas como o Reclame Aqui e fóruns especializados.
Equipamentos e tecnologia: ponto forte do modelo
Um dos grandes atrativos do Tiggo 7 é o pacote tecnológico. Mesmo nas versões usadas mais acessíveis, o modelo já oferece itens como:
- Painel digital de 12,3 polegadas;
- Central multimídia com tela de 10,25”;
- Ar-condicionado digital automático;
- Freio de estacionamento eletrônico;
- Carregador por indução;
- Controle de estabilidade e tração;
- Seis airbags.
O acabamento interno também surpreende, com materiais macios ao toque e bom isolamento acústico, características pouco comuns em modelos da mesma faixa de preço.
Pontos fracos: consumo e ausência de ADAS
Se por um lado o Tiggo 7 entrega bom desempenho e conforto, por outro deixa a desejar em dois aspectos relevantes: consumo de combustível e ausência de assistentes avançados de direção.
Rodando com etanol, o consumo urbano pode chegar a 6,5 km/l — um número alto para um carro que pretende ser eficiente. Já na estrada, o modelo melhora e alcança 9 km/l com o mesmo combustível. Com gasolina, os números sobem para cerca de 9,5 km/l na cidade e 12 km/l na estrada.
Além disso, versões como a Sport e TXS não contam com sistemas de auxílio à condução, como frenagem autônoma, piloto automático adaptativo ou assistente de permanência em faixa — itens que já estão presentes em concorrentes diretos, inclusive em versões mais básicas.
Vale a pena comprar um Tiggo 7 usado?
A resposta depende do perfil do comprador. Para quem busca um SUV médio espaçoso, bem equipado e com visual moderno, o Tiggo 7 usado representa uma escolha segura — desde que a unidade tenha histórico de manutenção em dia e revisões realizadas em concessionária.
A baixa desvalorização e a boa oferta de equipamentos compensam a ausência de ADAS e o consumo mais elevado. É uma compra racional para quem deseja um carro com porte de premium, sem pagar o preço dos líderes de mercado.
Por outro lado, para quem valoriza assistência técnica rápida e ampla rede autorizada, pode ser necessário ponderar. Embora a CAOA tenha expandido sua operação no Brasil, o pós-venda ainda enfrenta críticas pontuais.
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