Um estudo da InstaCarro revelou que veículos elétricos seminovos são vendidos, em média, por 56% da Tabela Fipe, indicando maior desvalorização frente a outras categorias. No entanto, modelos da BYD, como Yuan Plus e Dolphin, desafiam a tendência e alcançam até 90% do valor da Fipe, posicionando-se entre os seminovos mais valorizados do mercado.
Poucos fatores pesam tanto na escolha de um carro quanto a sua desvalorização. Afinal, ninguém quer ver seu investimento evaporar na hora da revenda. E à medida que elétricos e híbridos ganham espaço nas ruas brasileiras, surge a dúvida: será que esses modelos conseguem segurar melhor o valor de mercado?
A resposta não é tão simples quanto parece. Segundo dados da InstaCarro, analisamos milhares de dados de vendas realizadas entre 2024 e 2025 e revelamos: o tipo de combustível influencia — e muito — no preço que você vai conseguir ao vender seu seminovo. Mas há exceções importantes.
Afinal, quem desvaloriza menos?
Olhar para a Tabela Fipe sempre pareceu uma referência segura, mas a realidade é que ela não é o dado principal para definir o preço de um carro.
Mas, até para referenciar melhor o mercado, comparamos o preço de venda médio dos veículos vendidos na InstaCarro com o respectivo valor médio de Fipe, traçamos o retrato atual do mercado:
Tipo de Combustível | % Valor de Venda em Relação à Fipe |
---|---|
Gasolina/Elétrico (Híbridos) | 77,77% |
Diesel | 75,21% |
Gasolina | 73,81% |
Etanol | 68,30% |
GNV | 59,11% |
Elétrico | 56,72% |
A liderança dos híbridos não é exatamente uma surpresa. Combinando “o melhor dos mundos”, eles representam hoje a melhor aposta para quem se preocupa não só com o consumo, mas também com a revenda. De acordo com o levantamento, modelos híbridos usados têm sido vendidos, em média, por cerca de 77,77% da Tabela Fipe.
Na outra ponta, os elétricos, ícones da mobilidade sustentável, ainda enfrentam resistência: seus donos conseguem, em média, 56,72% do valor Fipe no momento da venda. O número é um alerta para quem busca minimizar perdas no ciclo de propriedade.
Por que os elétricos ainda desvalorizam mais?
A conta não fecha apenas com eficiência energética. Preço inicial elevado, infraestrutura de recarga ainda limitada e o receio em relação à durabilidade das baterias empurram os elétricos para baixo no mercado de usados. A concorrência com novos modelos e as rápidas atualizações tecnológicas também pressionam a precificação.
Isso não significa que o jogo está perdido para os elétricos — longe disso. E a prova são alguns modelos que vêm desafiando a lógica do mercado.
Os elétricos e híbridos que fogem da regra
Entre os elétricos, alguns nomes já começam a mudar a narrativa. Modelos recentes, especialmente da BYD, mostram que a história pode ser diferente:
Modelo | Marca | Preço de Venda na InstaCarro /Fipe |
---|---|---|
YUAN PLUS | BYD | 90% |
DOLPHIN MINI | BYD | 89% |
DOLPHIN | BYD | 86% |
A BYD foge à regra dos eletrificados. Com preço de venda médio na casa dos 90% da tabela Fipe, mostra que o problema em si não é a tecnologia, mas sim o que a montadora oferece para o público.
Entre os híbridos, o cenário é tão amador quanto:
Modelo | Marca | Preço de Venda na InstaCarro /Fipe |
---|---|---|
KING | BYD | 90% |
SONG PRO | BYD | 90% |
HAVAL H6 | GWM | 87% |
SONG PLUS | BYD | 85% |
Esses modelos não apenas mantêm o valor, mas figuram entre os mais desejados no mercado de seminovos, colocando suas marcas como referências em tecnologia e qualidade de construção.
E os tradicionais, como ficam?
Gasolina e diesel seguem firmes, é verdade, mas já não têm mais a mesma vantagem competitiva de antes. Enquanto híbridos e elétricos começam a ganhar terreno, os carros a combustão perdem espaço no coração — e no bolso — dos consumidores.
A tendência é clara: com o avanço da infraestrutura de recarga, a queda nos preços de baterias e a crescente oferta de modelos, os elétricos tendem a melhorar sua performance de revenda. Mas, por enquanto, híbridos são a aposta mais segura.
Escolha certa: mais que um carro, um investimento
Para quem está de olho não apenas na compra, mas também na venda, vale considerar mais que o preço de entrada. Avaliar o valor de revenda pode fazer a diferença no bolso quando chegar a hora da troca.
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