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BYD ultrapassa Toyota e assume 4ª posição no varejo brasileiro

Grade do BYD King GS

Marca chinesa avança sobre rivais tradicionais e ainda se destaca no mercado de seminovos eletrificados

A BYD mudou a ordem do pódio entre as montadoras mais vendidas no Brasil em maio. Com 9.006 unidades emplacadas no varejo, a marca chinesa alcançou a quarta posição no ranking nacional, desbancando a Toyota e deixando para trás nomes consolidados como Honda, Hyundai e Jeep. O crescimento chama atenção não apenas pela velocidade, mas também pela consistência da estratégia da fabricante, que foca fortemente nos modelos eletrificados — um segmento em franca expansão.

No acumulado do ano, a BYD já vinha ensaiando uma escalada, impulsionada pela expansão da rede de concessionárias e pela diversificação da linha de produtos, que hoje atende de elétricos compactos a SUVs híbridos plug-in. O bom momento também se reflete no mercado de usados: entre janeiro e maio, a BYD registrou 0,7% das vendas na plataforma InstaCarro, sendo a única marca chinesa de eletrificados a figurar entre as 30 mais comercializadas.

Eletrificados puxam a fila

O desempenho da BYD no Brasil está diretamente ligado ao apetite do consumidor por veículos eletrificados. Em maio, a fabricante dominou o segmento de elétricos puros, com 92,16% de participação e 5.326 unidades comercializadas. Entre os híbridos, também teve forte presença: 3.678 carros vendidos e 35,8% de market share.

Modelos como o Dolphin Mini e o Song Pro são os principais responsáveis pela guinada. O primeiro, um compacto 100% elétrico, entregou 2.444 unidades no mês; já o segundo, um SUV híbrido plug-in, somou 1.689 emplacamentos. A receita de sucesso? Tecnologia de ponta, autonomia competitiva e preços ajustados à nova realidade do consumidor brasileiro, cada vez mais atento aos custos de manutenção e eficiência energética.

Força fora dos grandes centros

Outro dado que salta aos olhos é a presença da BYD fora do eixo tradicional Rio-São Paulo. A marca liderou as vendas de varejo em 18 cidades, entre elas cinco capitais: Brasília, Porto Velho, Natal, Maceió e Vitória. Embora o volume nessas praças represente 1.471 veículos, a capilaridade reforça a estratégia da montadora de alcançar mercados pouco explorados pelas concorrentes.

Hoje, a rede de concessionárias da BYD supera 180 pontos em operação no país. A meta é clara: ganhar território antes que rivais tradicionais e novas entrantes se organizem para disputar o espaço no segmento de eletrificados.

Seminovos: um termômetro da confiança

A presença da BYD no mercado de seminovos é mais um indicativo da consolidação da marca. Segundo levantamento da InstaCarro, a fabricante representou 0,7% do total de vendas realizadas na plataforma até maio de 2025. Pode parecer modesto, mas é suficiente para colocá-la como a única entre as montadoras chinesas de eletrificados a figurar no top 30 do ranking de vendas — um feito relevante em um mercado historicamente dominado por marcas tradicionais.

Esse desempenho revela não apenas o interesse crescente pelos modelos eletrificados, mas também a percepção positiva quanto à durabilidade e valor de revenda dos carros da BYD — pontos críticos para o consumidor que ainda vê a eletrificação como um salto de fé.

Novos capítulos à vista

O futuro da BYD no Brasil promete ser ainda mais agressivo. Com a inauguração da fábrica em Camaçari (BA) prevista para junho, a expectativa é nacionalizar a produção de modelos como Dolphin, Yuan Plus e Song Plus DM-i. A operação local deve reduzir custos, diminuir prazos de entrega e dar novo impulso à competitividade da marca.

Além dos automóveis, a BYD mira outros nichos: ônibus, caminhões elétricos e até soluções em energia renovável entram no radar. A aposta é ampla e reforça a ambição da montadora em liderar a transformação da mobilidade no país.

O que os números revelam

O sucesso da BYD não é um movimento isolado, mas parte de uma tendência maior: a consolidação dos veículos eletrificados no Brasil. Ao combinar uma oferta de produtos competitivos com uma estratégia de expansão bem planejada, a marca chinesa desafia o status quo e reposiciona o país no mapa global da mobilidade sustentável.

Com os ventos soprando a favor — seja pela alta do petróleo, seja pelos incentivos à eletrificação —, a BYD parece ter encontrado o timing perfeito para acelerar.

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